É impossível multiplicar riqueza dividindo-a
Um professor de economia da universidade Texas Tech disse que raramente chumbava um aluno, mas tinha chumbado, uma vez, uma turma inteira.
Esta turma em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e “justo”.
O professor então disse, “Ok, vamos fazer uma experiência socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas dos exames.”
Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma e, portanto seriam “justas”.
Isto quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém chumbaria.
Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia 20 valores…
Logo que a média dos primeiros exames foi calculada, todos receberam 12 valores.
Quem estudou com dedicação ficou indignado, pois achou que merecia mais, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado!
Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos – eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma.
Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que também eles se deviam aproveitar da média das notas.
Portanto, agindo contra os seus princípios, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos.
O resultado, a segunda média dos testes foi 10.
Ninguém gostou.
Depois do terceiro teste, a média geral foi um 5.
As notas nunca mais voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, procura de culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma.
A busca por ‘justiça’ dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma.
No fim de contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar os outros.
Portanto, todos os alunos chumbaram…
Para sua total surpresa.
O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela era baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes.
Preguiça e mágoas foi o seu resultado.
Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado.
“Quando a recompensa é grande”, disse, o professor, “o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não lutaram por elas, então o fracasso é inevitável.”
O pensamento abaixo foi escrito em 1931.
É impossível levar o pobre à prosperidade através de leis que punem os ricos pela sua prosperidade.
Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa tem de trabalhar recebendo menos.
O governo só pode dar a alguém aquilo que tira de outro alguém.
Quando metade da população descobre de que não precisa de trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
“É impossível multiplicar riqueza dividindo-a.”
Adrian Rogers, 1931
Encontrei este texto no Facebook, e não posso deixar de lhe dedicar um post neste blog. O texto é demasiado provocativo para deixar passar a aportunidade.
Não é que eu discorde com um único ponto da experiência de Adrian Rogers. Acho que não é possível de facto acreditar que exista alguma forma de fazer o comunismo funcionar em larga escala – mesmo em pequena escala (familia ou aldeia) isso é díficil. A natureza humana é demasiado egocêntrica para que um sistema que trata todos por igual funcione. Até porque todos temos naturezas diferentes, todos temos desejos e motivações diferentes, todos temos anseios, medos e paixões diferentes.
Mas eu gostaria que um qualquer professor de economia tentasse recriar a experiência de Adrian Rogers, mas inspirado no sistema capitalista actual.
A experiência funcionaria assim:
- As notas passariam ilimitadas, isto é, de zero a mais infinito.
- existe uma nota minima para quem entregar o teste – 5 valores.
- considera-se positiva a nota de 10 valores
- Usar um qualquer método não democrático para escolher um chefe.
- Os testes são classificados de 0 a 20, mas quem faz o teste recebe apenas 5 valores mais metade do excedente dos 5 valores (um teste de nota 15 dá 10 valores ao dono).
- O patrão recebe a totalidade da própria nota mais os 50% do excedente de todos os outros.
As notas finais são, obviamente, calculadas utilizando a média de todos os exames anteriores. E no final do semestre ou ano comparem as notas totais desta turma com as de uma turma em que cada aluno tem a notas que merece.
Eu acredito que o resultado final seria muito parecido com o da turma de Adrian Rogers – toda a turma acabaria por chumbar, com muito poucas excepções – talvez apenas de um aluno, o chefe, que no final é o único que realmente é recompensado de forma proporcional ao seu esforço. Isto, claro, se ele também não achar que se pode sentar à sombra da bananeira porque os outros vão fazer com que ele passe com muita boa nota.
Tal como discutimos, nem o comunismo nem o capitalismo resultariam, sendo algo que se está a começar a sentir atualmente na sociedade.
A questão é que o capitalismo é o que melhor funciona na sociedade, devido à forma como as pessoas vivem a vida, a sua mentalidade, postura perante o sucesso dos outros, objetivos, sonhos,…, ao contrário do comunismo que é impossível ser realizado.
Pode haver uma solução para as pessoas viverem sem tantas desigualdades e mesmo assim continuar a haver diferenças sociais/monetárias. A questão é que é algo que daria algum trabalho implementar tal como seria complicado também alterar a mentalidade das pessoas, mas isso daria outro post.
Gostei Marco, gostei… eu também li esse post e fiquei de estômago às voltas.
Adrian Rogers nasceu em 1931 e nunca foi professor. Ele era pastor de uma igreja batista estadunidense.
Olá Cassiano,
Eu não digo que Adrian Rogers é o professor, mas que ele é a pessoa a quem o texto é normalmente atribuido. Eu não sei se a aula de facto existiu ou não, mas a ideia parece-me, e o texto é a inspiração para a minha proposta de avaliação alternativa, e por isso é que o publico.