CVs de faz de conta

O i online publica hoje uma notícia sobre o administrador dos CTTs cujo CV publicado no diário da república foi falsificado. No site dos CTTs, por enquanto, ainda se pode encontrar o CV, do qual aqui reproduzo:

Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia, da Universidade Técnica de Lisboa, ao grau soma uma especialização em Marketing e Merchandising para produtos de Grande Consumo, pela Avon Cosméticos Internacional e diversas acções de formação em Comunicação e Marketing.

Eu sei que me está a escapar qualquer coisa, mas a Avon Cosméticos Internacional não é uma empresa de vendas em pirâmide?
Num comunicado que publica, informando que pediu a suspensão das suas funções, o dito administrador diz que andou oito anos na universidade, e que fez muitas cadeiras, e que isso lhe deve dar equivalência a uma licenciatura…
Como assim, mas o senhor é licenciado ou não? É que se não é (e aparentemente não é), o CV publicado aquando da sua nomeação é simplesmente fraude.
Num país a sério, o referido senhor não suspendia as suas funções, demitia-se, juntamente com o secretário de estado que o nomeou, apenas porque era amigo.
Mas estamos, claro, a falar de Portugal, pelo que nada disso vai acontecer – o senhor ter suspendido as suas funções enquanto manda um fax para a universidade para lhe passar um certificado já é obra!
Quando é que começamos a meter na cabeça que a verdade é a única coisa aceitável?

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