Copyright e DRM: Ebooks para o século XIX

Não há nada pior do que uma nova tecnologia com uma mentalidade de outros tempos agarrada a ela. É mais ou menos assim que começa o artigo da TechDirt Everything Old is Unavailable Again: How copyright Has Ebooks Operating in the 1800s.

Nas últimas décadas as universidades criaram programas de empréstimo de livros que permitiam aos alunos de uma universidade aceder aos livros disponíveis apenas nas bibliotecas de outras universidades, mas com o DRM e outras restrições técnicas impostas por pelos editores na última década, hoje livros em formato digital, que deveriam ser muitos mais fáceis de transferir entre localizações diferentes, apenas podem acedidos nas instalações da biblioteca a que pertencem.

Numa direcção diversa, mas com resultados idênticos, avançam as revistas cientificas, onde se espera que estudantes e investigadores publiquem os seus artigos científicos para serem revistos pelos seus pares, e que deveriam ser usadas para partilhar os avanços conseguidos por uma equipa com toda a comunidade cientifica. Mas o que se passa hoje com as revistas científicas é ao contrário do que anunciam muitas vezes nem revêm os artigos que publicam, o que tem resultado na publicação dos artigos mais absurdos, como também custam uma fortuna (chegando aos €20 000 por ano), não sendo acessíveis à grande maioria da comunidade.

Ainda não está na altura de criar um melhor sistema de publicação de artigos científicos e matar de uma vez por todas as revistas cientificas? E, pelo menos para fins académicos, matar o copyright?

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